quinta-feira, janeiro 28, 2010

Os Premiados!










Fotos: Luan Abreu

terça-feira, janeiro 26, 2010

Último Dia do Festival de Esquetes 2010

No último dia da competição, 21, foram apresentados os seguintes esquetes: “O Hospital”, da Cia. Teatro da Estrutura, do Rio de Janeiro (livre), que trouxe uma sátira clownesca ao cotidiano dos hospitais. Dona Creuza uma senhora muito “recatada” entra em trabalho de parto e imediatamente procura um hospital para ganhar seu bebê. Ao chegar ao local desejado, Dona Creuza se surpreende da forma como é recepcionada pelo enfermeiro e posteriormente pelo médico de plantão. A partir daí acontecem uma série de trapalhadas hilariantes no momento do parto e pós-parto.

Em “Tabataba”, da Cia. Ethos de Teatro, do Rio de Janeiro (14 anos), o público vai conheceu a história de uma pequena cidade destruída pela guerra, onde dois irmãos vivem suas vidas em um processo de dependência cujo amor ultrapassa os limites da relação familiar. Ela, solteira, já com uma certa idade, criou ele, e agora exige que ele saia de casa para se comportar como os outros rapazes da cidade. Ele passa o dia montando e desmontando sua motocicleta. Nunca sai de casa. A tensão da cena se dá no conflito entre o amor incestuoso e as obrigações sociais de ambos diante dos vizinhos.

A Esquete "WC" do Grupo Cota de Branca foi Colocada no lugar de outra esquete que não pode participar do festival. Apesar do atraso oriundo do trânsito caótico, valeu a pena ver essa divertida comédia que levou o público sanjoanense ao delírio. A peça conta as dificuldades que as mulheres têm na hora de ir ao banheiro público de maneira bastante divertida.

Última montagem do festival, “A feminista”, da Cota de Branca, do Rio de Janeiro (14 anos), apresentou uma mulher revoltada com as várias formas que as esposas tentam agradar seus maridos que resolve escrever um livro chamado “Cala a boca homem”, onde, de forma bem exaltada, mostra com exemplos reais que não se deve seguir o que as regras mandam e ainda tenta agregar todas as mulheres à sua causa com muito humor e sarcasmo.

Fotos e Arte: Luan Abreu

Texto: Carla Cardoso

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Terceiro Dia do III Festival de Esquetes

Na quarta-feira, dia 20, o público confere mais cinco participações. “Museu vivo e o vagabundo”, da Cia. C de Teatro, de Belo Horizonte (livre), que mostra um vagabundo que ao fugir dos guardas se esconde dentro do museu e logo se depara com uma peça que lhe chama atenção. Ao mexer no objeto tem uma grande surpresa.

Já “Do outro lado”, de Os Proscênicos, da Cia. Teatral, do Rio de Janeiro (10 anos), fala sobre angústias e ausências, traçando a trajetória de uma mulher à suposta casa do "alguém" que ela ama. Questionamentos, devaneios, sonhos, na chuva, no frio, bêbada e suja ela chega até a porta desta casa sem saber se ela um dia se abrirá.


“Papo furado”, do Grupo A Chacrinha, de Niterói (12 anos) utiliza um texto simples, com aspecto popular, para sintetizar a batalha das pessoas pelo "pão de cada dia" e suas conjecturas intelectuais que justificam a mediocridade de uma vida comum e as tornam mais importantes para sua própria consciência. Um casal de amigos com um trabalho não muito comum, discute a realidade atual e um pouco da super-realidade criada a partir de supostas conspirações. Tudo culmina em problemas pessoais e ecóicos que minimizam os grandes segredos que dividiram o mundo e seus habitantes.


A última encenação da noite, “Minha alma é nada depois dessa história”, de Os ciclomáticos Cia. Teatral, do Rio de Janeiro, (14 anos), traz o vigia de uma fábrica que se apaixona por uma misteriosa mulher chamada Cleide, que faz amor com árvores e carrapatos. Um dia Cleide desaparece e este amor se torna história sem flor e alma.

Texto: Carla Cardosa

Fotos: Luan Abreu

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Segundo dia do Festival de Esquetes!

Ontem, o público conferiu as montagens: “Philip Glass compra pão”, do Grupo Nós em meio ao caos, de Rio das Ostras (livre) e “A menina escondida no baú”, do Grupo Risco Teatral, Cabo Frio (12 anos). Esta é a história de Florência e Laurência, duas irmãs que vivem na tênue linha entre o amor e o ódio. Laurência, mais nova, nutre uma admiração pela irmã, sempre buscando sua atenção, enquanto Florência sempre tenta impor sua autoridade de irmã mais velha. Numa história com altos e baixos na relação das irmãs, o esquete fala de inveja e arrependimento com um final surpreendente. “Solo”, da Cia. Ki Faz Teatro, de Macaé, é outra proposta de encenação apresentada ao público. Um mês depois de ser abandonado pela mulher, Eduardo ainda sofre com o término da relação. Perturbado por sons de violinos, ele agora segue num solo o que antes era melodia tocada por um dueto. Uma batalha entre a consciência e a carne. Razão e Coração. Você ama sozinho?

Logo após, encerrando a programação da noite, o público confere “Dê lembranças ao Toth”, da Cia. Delírio de Bolso, do Rio de Janeiro (16 anos), que fala sobre um casal que se separou em condições subumanas de convivência, o que pode ser feito além de ouvir e tentar escolher a certeza das historias é tentar entender os motivos não aparentes de cada um.



Texto: Carla Cardoso

Fotos: Luan Abreu

terça-feira, janeiro 19, 2010

Primeiro dia do Festival de Esquetes 2010



Criatividade. Esta é a palavra que resume os primeiros dias de apresentações do III Festival de Esquetes de São João da Barra, que prossegue até a próxima quinta, dia 21, sempre às 21h, no Cine Teatro São João. Os vencedores da competição serão anunciados na sexta, dia 22, no mesmo horário. O festival faz parte da programação de verão promovida pela Prefeitura de São João da Barra e o melhor esquete vai levar o prêmio de R$1.000.

Na segunda-feira, o público conferiu as apresentações de “Sangue”, da Cia. Ki Faz Teatro, de Macaé, e “A primeira vez”, da Hermenêuticos Cia. Teatral. Diogo Avlis e Sheila, atores da primeira montagem, deram vida ao casal Waldemar e Amélia. Todo o espetáculo é marcado pela música Ronda - de Paulo Vanzolini - em ritmos variados, e começa relatando na penumbra um noticiário de jornal, onde o corpo de um homem é encontrado num bar da Avenida São João. A montagem prendeu a atenção da platéia do início ao fim, num cenário diferente com a utilização de um painel feito com jornal.


Na segunda encenação, o ator e diretor Éder Montalvão mostrou versatilidade em um monólogo intimista e surpreendente, uma comédia romântica onde o ator utiliza de formas inimagináveis o seu violão para contar a história de Jonas e Rafaela, um jovem casal de namorados e suas primeiras descobertas amorosas e sexuais.

Segundo o diretor do Cine Teatro São João e um dos jurados do festival, Wilson de Oliveira, o evento é importante para a cultura do município e para a formação de platéia. “Creio que teremos, até sexta-feira, um fluxo cada vez maior de pessoas para que o aplauso seja dobrado. O apoio que temos da prefeita, anualmente, é incrível e mostra sensibilidade para essa causa.

A professora de história Tânia Lopes, era uma das espectadoras da programação. Ela acredita que festivais como esses só tendem a acrescentar à cultura dos jovens, principalmente.

— Acho que quanto mais incentivo para a arte, melhor. As pessoas muitas vezes não conhecem o seu poder de criação e eventos como esses proporcionam isso. É preciso, portanto, uma seleção cuidados para que possamos agregar mais informação do que é realmente a cultura, do que é realmente o teatro, e suas funções sociais. Isso é incentivar o jovem para o amanhã. O importante é se resgatar o teatro, sua importância, o hábito de ir assistir as peças e lembrar que teatro é cultura, não libertinagem, como muitos confundem — acredita a educadora.

Texto: Carla Cardoso

Fotos: Luan Abreu